Do ponto de vista "técnico" esta opção apenas oferece os benefícios que oferece...
Sem dúvida que a possibilidade de moderar o sofrimento do animal é relevante, ou pelo menos deveria ser.
Já do ponto de vista "prático", encontro de imediato uma série de benefícios, todos eles bem intencionados para com a carteira de quem está do outro lado da trela: fácil e eficaz método para lidar com a dificil e azucrinante necessidade de raciocinar e assumir decisões REALMENTE dificeis; a fictícia sensação de leveza e alívio de responsabilidades que parece apoderar-se de algumas pessoas que se tentam mentalizar de que não havia mais nada a fazer ou que optaram pela saída que acarretava menor sofrimento para o animal...; já sem falar da monstruosa hipótese de se utilizar a eutanásia de um animal como um meio para nos livrar do fardo que ele representa ou pode vir, um dia, a representar... (não vou falar, mas vos garanto que existe, e vem de onde menos imaginamos!).
Hoje o Calvin, não teve muita sorte... aliás, ontem o Calvin não teve sorte... APROFUNDANDO a questão um pouco mais ainda: o Calvin não teve mesmo foi sorte nenhuma!
... Ou talvez sim, e no final de tudo tenha tido mesmo é sorte!
É tudo uma questão de perspectiva!
Esta é a minha: O Calvin começou por ter sorte... nasceu castanho chocolate, com orelhinhas para baixo e com pêlo liso... depois não teve sorte nenhuma, porque por ter nascido macho não teve a oportunidade de voar para a Guiné e brincar dias inteiros com a Satoki, alienado dos episódios de falta de cuidado que algum dos seus irmãos pudesse estar a experimentar.
A sorte do Calvin mudou muito pouco ou nada, até ao dia em que a mesma pessoa que o viu nascer, teve a grandeza de o deixar partir.
Enquanto aqueles de dever, optavam pela saída "prática" sem pestanejar, houve quem apenas depois de esmiuçar todas as remotas e ilusórias possibilidades de o salvar, a muito custo se desse por vencida.
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