terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Playing Woody

Não costumo partilhar estas divagações quase cinematográficas, mas hoje apteceu-me fazê-lo (desculpa Sandrinha por teres sido a vitima involuntária, em parte catalizadora deste post)...


Se eu mando no que penso (a maior parte das vezes que estou destraída) e até tenho uma imaginação altamente criativa, porque é que hei de passar tanto tempo a ver filmes imaginados por outras mentes estranhas? 
É certo, adoro fazê-lo... o desconhecimento "do que virá a seguir" proporciona uma sensação electrico-viciante que nos faz chamar nomes, a quem nos conta em ante-mão, o que passámos as ultimas 2horas, aproximadamente, a tentar descobrir ou não descobrir.


Sim, ás vezes sabe (me) bem (muito muito bem na verdade ;P), poder ser eu a desenvolver a "pre/meta e pós" visão da história que vou apreciar, ainda que possa ser apenas com os olhos da mente.
Não estou a par da existência de algum método em concreto, que qualifique a destreza com que isto é realizado por esses milhões de day/night dreamers espalhados pelo mundo fora, mas arrisco-me a dizer, que se não sou uma expert, sou pelo menos, uma utilizadora independente... e muito frequente!
Nem sempre tenho tempo para realizar filmes suficientes para todos os scripts que me ocorrem nos momentos mais estranhos e inoportunos, mas quando consigo... esmero-me!
Passa-me pela cabeça, o flash de uma situação, possivelmente relacionada com uma hipotética realidade. Projecto todo um background (assim ao género de cenas do episódio anterior) e um cenário capaz de enquadrar toda a acção que EU (euzinha! :D), decidi que iria ter lugar e culminar com um determinado desfecho... na maior parte das vezes, o mais aproximado possível com o desejado na realidade (afinal de contas tudo se resume a fazer algumas ligeiras modificaçõezinhas nessa coisa realidade... and you can do that on movies you direct! ).


Sou capaz de estar horas só a "ver; viver e reviver" as minhas obras primas... ás que vou acrescentando virgulas, pontos e parágrafos numa incessante busca pelo enredo perfeito (friso, no entanto que durante estas horas estou perfeitamente operacional para conduzir; alimentar-me; falar e respirar... ocasionalmente dormir até!).
Por vezes entusiasmo-me tanto com a perfeição das minhas divagações, que ouso tentar extrapolá-las para a realidade... ou para algo um pouco mais próximo dela do que a minha sonhadora tela de projecçao nos confins do meu espaço sideral.


Invariávelmente deparo-me com as incorruptíveis incongruências entre a realidade do tempo presente e a minha própria doce aproximação á mesma. Gosto, mesmo assim, de acreditar que parecem mais ser sombras do nosso cepticismo eufemisticamente apelidado realismo, do que propriamente grandes abismos intransponíveis até para as minhas super personagens.





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