quinta-feira, 29 de março de 2012

Os senhores do Google

Ás vezes caem verdadeiros nevões na minha cabeça, fica tudo branquinho branquinho esqueço-me do que pretendia ou estava, a dizer; não encontro as palavras ou simplesmente não me ocorre a correcta maneira de as escrever. Na maior parte das vezes (sobretudo quando não existe um segundo cérebro por perto) é o Google que me salva de mandar valentes calinadas na língua de Camões (coitado do Sr nem depois de morto lhe largam a língua...).

Mas o melhor do Google é que não só nos corrige quando damos erros ortográficos como nos pergunta antes, se é mesmo isso que queremos dizer (muito ao estilo de um bom amigo que prevê e nos alerta quando estamos prestes a fazer figurinha de tótós).
Como diz e bem, a minha bicha Ticha "os senhores Googles que estão sentadinhos lá do outro lado do pc a receber as perguntas, devem morrer de riso ao ler as pérolas que se escrevem por aqui!" 

Um "granda" bem haja a esses senhores! ;)

quinta-feira, 22 de março de 2012

Ovnis; reuniões Tupperware e crianças...

Cada vez que tenho trabalhos na expo dá me a sensação de estar num planeta á parte, numa cidade projectada por algum miúdo com ideias estranhas, vontade de se revoltar contra a falta de originalidade notória em algumas partes da nossa cidade, e que aproveitou este cantinho árido e ostracizado situado ali antes chegar a Sacavém, para erguer a sua propria cidade futuristica.


O pavilhão Atlântico seria uma espécie de nave espacial gigantesca (provavelmente, pensada para servir de "headquarters" ), mas por alguma razão desconhecida até á minha imaginação, por dentro assemelha-se á arca de noé (especialmente nos dias em que lá há conferências cheias de animaizinhos engravatados!).
Não sei se repararam, que até os chapéus de sol que estão nos banquinhos cá fora estão virados do avesso.
Mas na zona da expo não se encontram só estas pérolas da arquitectura moderna, a cada esquina deparamo-nos com autênticos fenómenos raros, por exemplo as "mãetilhas". As "mãetilhas" são "ajuntamentos" de mães/babysitters/pais (uma vez por outra consegue-se avistar um destes, mas que já não apresentam muitas características distintivas do seu sexo de origem ), que se juntam nos relvados do parque à beira rio, com um verdadeiro arsenal de carrinhos de bebé todos kitados com mega suspensões e todos os mais recentes extras by Chicco. Carregam ainda kilos de lancheiras; mantinhas; e toda a brincolândia em peso que tinham em casa.


Por magia (ou azar dos espectadores mais críticos) parece existir um acordo de paz assinado entre as mães e os aspersores da rega, que insistem em não fazer o seu trabalho enquanto durarem estas sessões bimbólicas de criançário (de facto a Bimby cozinha bem; mas ninguém me tira da cabeça que vamos ver chegar o dia em que a educação das crianças vai estar inteiramente a cargo deste robotzinho maravilha). 


Para um próximo capítulo, as minhas reflexões sobre: "Raça Bimby aniquila espécie humana e domina o mundo."



sexta-feira, 16 de março de 2012

Introducing: A máquina dos estalos.

Esta foi minha última invenção, e acho que ter uma destas, faria de mim uma pessoa bastante mais feliz de tempos a tempos.
Era tão mais fácil em vez de insultar o meu irmão aos berros até ficar sem voz, se pudesse simplesmente dizer: "Olha máquina dos estalos, já!"... e mais, no trânsito! Seria impecável! As pessoas tinham de encostar o carro para ir à máquina dos estalos e deixavam-me passar!


Já me imagino, a escrever diariamente a "guest list" de pessoas para a máquina dos estalos (com o passar do tempo as listas iam diminuindo porque ao final de umas semanas as pessoas aprendiam a não me irritar, claro).
Depois podia haver máquinas de estalos fashion; portáteis; com rodinha para a intensidade; e com várias "capas" para o estalo... umas almofadadas; outras borrachosas; e talvez até com espigões  (muhahahhah =H)!
Por alguma razão esta ideia faz-me lembrar este sketch:





sexta-feira, 2 de março de 2012

As Leis de Murphy... No supermercado

O dia correu tão bem que, advinhar um episódio surrealista no supermercado, até parecia obrigação.
Lá estava a pessoa a voar em direcção ao establecimento comercial mais próximo, para safar o jantar dos miúdos (é engraçado como o saco da ração parece sempre cheio até serem 10 da noite e eu ver o comedor vazio...).
Entretanto já que a incursão ao supermercado era certa, a minha querida mãe aproveitou para me pedir "umas poucas coisas que faltavam para o jantar".


Graças á hora, encontrar um lugar para estacionar não foi a utopia do costume, mas teria sido ainda melhor se não estivesse um Sr policia "estacionado" na entrada a ver- me parar o carro ao seu lado, sem cinto e ao telefone.
Já com o saco de ração no cesto, ligo à minha mãe para relembrar quais os poucos 150 itens essenciais para a confecção do jantar, que me tinha pedido. 
Curiosamente ainda poucos dias antes tinha comentado com um amigo revoltado com a quantidade de "piscinas" que tinha de fazer nos corredores do supermercado para completar a lista de compras, que certamente existiria uma lógica na forma como os produtos estão dispostos. Isto porque, visto que estava ao telefone, e a minha mãe não teve a gentileza de ter em conta essa tal lógica de arrumação, andei durante 10min a brincar aos peddy papers com direito a espectadores e tudo. Dois bonequinhos (sentido depreciativo atenção) que deviam andar a reforçar a dispensa (tipicamente masculina é de salientar), em véspera de derby. 


É certo que andar a arrastar um cesto cheio de coisas para lá e para cá ao mesmo tempo que se puxa pela cabeça para não esquecer nada e ainda se faz contas para tentar não ter um colapso quando se chega a caixa, não é exactamente o melhor programa de sexta a noite, e também eles, os tais espectadores, pareciam bastante insatisfeitos com a sua sorte, talvez por este motivo se tenham dedicado tão afincadamente a observar a neura alheia.
Se o programinha de supermercado fora de horas já me estava a fritar a pipoca, então um programinha de supermercado com duas aventesmas á espreita e a mandarem bitaites, esturricou-me a paciência.
Como se não fosse tortura suficiente, ainda tive de gramar com a alma penada da menina da caixa ( na qual, coincidência das coincidências, também se encontravam as duas aventesmas) a dizer - me que o cartão da minha mãe não funcionava (mas isto depois de o tentar passar na máquina em pelo menos 4 posições diferentes), neste momento passou-me nitidamente pela cabeça que a menina pudesse ter sido manipulada pelos rapazinhos para terem um pratinho para gozar á grande.


Para finalizar e depois de ter ligado para casa mais duas vezes a garantir que o código do cartão estava correcto, cheia de vontade (para evitar o embaraçoso e humilhante "precisa de ajuda?"), pego nos meus sacos e no saco de 10kg de ração que, como não podia deixar de ser... sim estava furado!
Depois de semear baguinhos de ração high energy (carérrima ainda por cima) pela entrada do supermercado, atiro tudo para dentro do carro e em plena fúria ía cilindrando o Mini prata que se atrevessou á minha frente... com 2 aventesmas assustadas lá dentro. (Não, felizmente não voltei a tropeçar neles).