Pessoas de quem não precisamos já, de quem não sentimos falta até ...
Até termos alguma coisa para lhes contar... a elas e só a elas, aquelas poucas capazes de compreender o nosso idioma.
A agoniante necessidade de falar (e algumas muitas vezes berrar) com alguém... partilhar aquilo que não podemos guardar sozinhos sob pena de rebentarmos e espalharmos sentimentos vários; de revolta; humor; dor ou amor, pelos 4 cantos da sala.
Em voz alta e em bom som no café, ou em surdina na sala de aula.
Relatos tanto alegres como tristes, uns com mais relevância, outros com menos...
Conversas longas ou curtas cavaqueiras capazes de fazer voar o tempo, esse que nunca teve asas mas passa sem dar-mos por ele.
Desabafos, histórias que podem pouca coisa acrescentar á indiscutível grandeza do universo de quem me rodeia,
mas que, para a pessoa, no momento são tão enormes! Quando as liberto, automaticamente pareço capaz de derriscar todas as penas do pequeno mundo do eu, como se subitamente e por si só se tivessem resolvido.
Para todos aqueles quem me ouvem todos os dias e a quem não pago a consulta...
Muito Obrigado
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(wise, já seria pedir muito, eu diria mesmo "cerebrada"!...Isto é, se a palavra existisse)
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