sexta-feira, 2 de março de 2012

As Leis de Murphy... No supermercado

O dia correu tão bem que, advinhar um episódio surrealista no supermercado, até parecia obrigação.
Lá estava a pessoa a voar em direcção ao establecimento comercial mais próximo, para safar o jantar dos miúdos (é engraçado como o saco da ração parece sempre cheio até serem 10 da noite e eu ver o comedor vazio...).
Entretanto já que a incursão ao supermercado era certa, a minha querida mãe aproveitou para me pedir "umas poucas coisas que faltavam para o jantar".


Graças á hora, encontrar um lugar para estacionar não foi a utopia do costume, mas teria sido ainda melhor se não estivesse um Sr policia "estacionado" na entrada a ver- me parar o carro ao seu lado, sem cinto e ao telefone.
Já com o saco de ração no cesto, ligo à minha mãe para relembrar quais os poucos 150 itens essenciais para a confecção do jantar, que me tinha pedido. 
Curiosamente ainda poucos dias antes tinha comentado com um amigo revoltado com a quantidade de "piscinas" que tinha de fazer nos corredores do supermercado para completar a lista de compras, que certamente existiria uma lógica na forma como os produtos estão dispostos. Isto porque, visto que estava ao telefone, e a minha mãe não teve a gentileza de ter em conta essa tal lógica de arrumação, andei durante 10min a brincar aos peddy papers com direito a espectadores e tudo. Dois bonequinhos (sentido depreciativo atenção) que deviam andar a reforçar a dispensa (tipicamente masculina é de salientar), em véspera de derby. 


É certo que andar a arrastar um cesto cheio de coisas para lá e para cá ao mesmo tempo que se puxa pela cabeça para não esquecer nada e ainda se faz contas para tentar não ter um colapso quando se chega a caixa, não é exactamente o melhor programa de sexta a noite, e também eles, os tais espectadores, pareciam bastante insatisfeitos com a sua sorte, talvez por este motivo se tenham dedicado tão afincadamente a observar a neura alheia.
Se o programinha de supermercado fora de horas já me estava a fritar a pipoca, então um programinha de supermercado com duas aventesmas á espreita e a mandarem bitaites, esturricou-me a paciência.
Como se não fosse tortura suficiente, ainda tive de gramar com a alma penada da menina da caixa ( na qual, coincidência das coincidências, também se encontravam as duas aventesmas) a dizer - me que o cartão da minha mãe não funcionava (mas isto depois de o tentar passar na máquina em pelo menos 4 posições diferentes), neste momento passou-me nitidamente pela cabeça que a menina pudesse ter sido manipulada pelos rapazinhos para terem um pratinho para gozar á grande.


Para finalizar e depois de ter ligado para casa mais duas vezes a garantir que o código do cartão estava correcto, cheia de vontade (para evitar o embaraçoso e humilhante "precisa de ajuda?"), pego nos meus sacos e no saco de 10kg de ração que, como não podia deixar de ser... sim estava furado!
Depois de semear baguinhos de ração high energy (carérrima ainda por cima) pela entrada do supermercado, atiro tudo para dentro do carro e em plena fúria ía cilindrando o Mini prata que se atrevessou á minha frente... com 2 aventesmas assustadas lá dentro. (Não, felizmente não voltei a tropeçar neles).

Sem comentários:

Enviar um comentário

...